sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Luiz Carlos Prates: qualquer miserável agora tem carro

COMENTÁRIO INFELIZ - XENOFÓBICO DE COMENTARISTA DA RBS TV - PRECISAM DENUNCIAR ESSE HOMEM AO MINISTÉRIO PÚBLICO -

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Sabedoria Indígena

Uma noite, um velho índio falou ao seu neto sobre o combate que

acontece dentro das pessoas.

Ele disse:

- A batalha é entre os dois lobos que vivem dentro de todos nós.


Um é Mau!
É a raiva, inveja, ciúme, tristeza, desgosto, cobiça, arrogância,
pena de si mesmo, culpa, ressentimento, inferioridade, mentiras,
orgulho falso, superioridade e ego.


O outro é Bom!
É alegria, fraternidade, paz, esperança, serenidade, humildade, fé,
bondade, benevolência, empatia, generosidade, verdade, compaixão...


O neto pensou nessa luta e perguntou ao avô:

- Qual lobo vence?


O velho índio respondeu:


- Aquele que você alimenta!

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

O golpe midiático

O futuro do Brasil parece que se resume, às vésperas de uma eleição presidencial, a apenas uma questão: quem teve a iniciativa de pedir a quebra de alguns sigilos fiscais, que deveriam estar sob a guarda segura da Receita Federal. Trata-se de um crime e, como tal, a legislação prevê os trâmites necessários o competente processo e, por fim, a decisão, de atribuição de responsabilidades e possíveis punições. Coisa simples, que deveria ocupar não mais do que meia dúzia de servidores da Receita, da Polícia e do Judiciário, para o correto levantamento dos dados necessários ao julgamento do que de fato aconteceu. Enquanto isso, o(a)s candidato(a)s usariam todo o tempo de que dispõem para apontar soluções para os problemas – que não são poucos – do país.

No entanto, a mídia transformou o caso numa espécie de plebiscito eleitoral. Engana-se quem confunde tal obsessão com jornalismo investigativo. Acorda-se e o destaque do noticiário é a quebra de sigilo de pessoas ligadas ao PSDB e à filha de um dos candidatos. Ao meio-dia, mais generosos espaços. À noite, ninguém dorme sem novas informações e com direito à indignação dos comentaristas de plantão. A candidata do PV é submetida a uma intensa sabatina de perguntas por um veículo das Organizações Globo e o que vai ao ar, nos telejornais da emissora, é só um assunto: o que ela tem a dizer sobre a quebra de sigilo da Receita. Em resumo: o que em qualquer democracia seria tratado como um caso policial, até que surjam provas em outra direção, no Brasil de uma mídia muito pouco isenta, vira um escândalo que pode ter influência decisiva na eleição para a presidência. Há uma overdose de atenção ao caso que nenhum manual de jornalismo explica.

Falar sobre o futuro da economia e da qualidade de vida? Para quê? Debater a melhoria da educação? Por que perder tempo? Discutir sobre novos investimentos em saúde pública? Que nada! O que interessa nessas eleições, para a grande mídia, é saber sobre cidadãos que, por conta própria ou a mando de alguém, resolveram vasculhar dados de pessoas ligadas a partidos políticos e outras nem tanto.

O fato aconteceu há um ano, longe do fervor da atual campanha, mas a mídia resolveu torná-lo onipresente, a qualquer custo, diante da falta de perspectiva do candidato que deveria vencer um “poste”, mas que parece perdeu-se na direção.

Sabe-se que há um militante do PT (filiado ou que tentou se filiar, há controvérsia) envolvido na procuração falsa que permitiu o acesso aos dados. A Receita Federal, que recebe pedidos desse tipo todos os dias e tem por obrigação entregá-los quando o documento do solicitante é idôneo (ou parece), passou de vítima à ré. E se, eventualmente, se comprovar que houve má-fé também por parte de um ou mais funcionários, toda instituição não merece sentar no banco dos réus. Idem o PT ou qualquer organização que já teve um de seus membros cometendo algum tipo de crime. Se um funcionário de alguma empresa privada comete um delito, é motivo para atacar toda a empresa? Nenhum comentarista “global” se atreveria. Jornalistas bem pagos sabem muito bem a quem “emprestam” o seu talento. São corajosos... É mera coincidência que suas críticas, com frases de efeito, entonação correta e estudado olhar teatral, seja exatamente como seus patrões gostariam de ler, ver e escutar.

Não importa que as pesquisas digam que o atual governo só é ruim ou péssimo para 4% da população brasileira. O país que a grande mídia vê é outro. E está cada vez pior.

Não importa que espionagens, dos mais diversos tipos, já ocorreram em outros órgãos e em outras épocas. E que até mesmo no presente momento, um caso semelhante é investigado no Rio Grande do Sul, onde um sargento que estava lotado na Casa Civil do governo estadual, que é do PSDB, vasculhou dados de políticos, como os do ex-ministro da Justiça e candidato ao governo gaúcho, Tarso Genro, do PT, do senador Sérgio Zambiasi, do PTB, filhos de políticos, jornalistas, delegados, oficiais da polícia e das forças armadas e de uma longa lista que inclui também uma desembargadora. Não é desejável que tais fatos aconteçam, mas não dá para fazer cara de quem nunca viu isto antes.

Reportagem do SBT, em 2009, informava que dados sigilosos de 100 milhões de brasileiros – incluindo o presidente Lula, dona Marisa, José Serra e sua filha, ministros do Executivo e do Judiciário, entre outros –, inclusive com endereço e telefone celular, podiam ser comprados nas ruas de São Paulo (confira em: www.youtube.com/watch?v=pIKDfaN5K5A&feature=related  ).

Por isso, não seria aconselhável tecer conclusões precipitadas, sem o mínimo de bom senso e inteligência. Como se diz nas redações, a folha em branco aceita tudo. Primeiro se acusa, em espaços generosos nos jornais, revistas, sites e nos noticiários de rádio e TV. Depois, se o especulado não confere com a verdade, dá-se, quando muito, meia dúzia de linhas para um desmentido. E seguem os caçadores em busca da próxima caça. E do próximo “escândalo”.

Jornalistas e intelectuais têm denunciado, em veículos de comunicação muito menos poderosos do que a “grande mídia”, a falta de pudor dos donos dos meios de comunicação e seus “cães de guarda”. É quase nada diante da enxurrada de argumentos toscos, torpes e tortos, mas críveis para boa parte daqueles que não dispõem de outros meios para melhor se informar.

Um exemplo da manipulação a que tem sido submetida a sociedade brasileira foi a manchete do jornal O Globo de 21/7/2010: “Em carta, CNBB pede que fiéis não votem em Dilma” (http://oglobo.globo.com/pais/eleicoes2010/mat/2010/07/21/em-carta-cnbb-pede-que-fieis-nao-votem-em-dilma-917208359.asp). E transcreve, na íntegra a suposta carta da CNBB, assinada por Dom Luiz Gonzaga Bergonzini. O mais ingênuo foca, ao ler o texto, perceberia que é a opinião isolada de um religioso, mas a manchete foi categórica ao oficializar uma decisão de toda a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.

Por estranhar o fato, enviei email para a CNBB pedindo a confirmação ou desmentido. A resposta do assessor de Imprensa, padre Geraldo Martins: “A notícia desta carta não é verdadeira. A CNBB não emitiu nenhuma carta com tais orientações. A única declaração da CNBB sobre política foi divulgada no mês de maio, durante a Assembleia dos Bispos e está em nosso site (http://www.cnbb.org.br/site/imprensa/notas-e-declaracoes/3339-declaracao-sobre-o-momento-politico-nacional). O conteúdo a que se refere a notícia diz respeito a um artigo do bispo de Guarulhos, que não reflete a posição da CNBB.”

O jornalista Luís Nassif (Blog Luis Nassif Online), acredita que há algo pior sendo urdido nos bastidores dos grandes jornalões e na principal emissora de TV do país. Para ele, “a quebra de sigilo é apenas uma peça do jogo, preparando a jogada final.” Próximo à data de 3 de outubro, viria o golpe definitivo: “Provavelmente alguém seria apresentado como ex-companheiro de guerrilha, arrependido, que, em pleno Jornal Nacional, diria que Dilma participou da morte de fulano ou beltrano. Choraria na frente da câmera, como o José Serra chora. Aí a reportagem mostraria fotos da suposta vítima, entrevistaria seus pais e se criaria o impacto. No dia seguinte, sem horário gratuito não haveria maneiras de explicar a armação em meios de comunicação de massa. Será um desafio do jornalismo brasileiro saber quem serão os colunistas que endossarão essa ignomínia - se realmente vier a ocorrer -, quem serão aqueles que colocarão seu nome e reputação a serviço desse lixo.”

Ora, tal como na política, o que menos falta são candidatos. O prêmio, afinal, costuma ser bem generoso. E “cães” são fiéis a seus donos.

Resta saber se os proprietários de grandes veículos de comunicação se arriscarão a pagar o preço de uma acentuada perda de credibilidade, matriz de seus negócios. E de um desfecho imprevisível para um Brasil cada vez mais maduro, que parece não se deixar convencer facilmente pela manipulação midiática.
 
 
Autor: Celso Vicenzi - Jornalista
Fonte: http://www.acontecendoaqui.com.br/

BAR RUIM É LINDO, BICHO

* Por Antonio Prata

Eu sou meio intelectual, meio de esquerda, por isso freqüento bares meio ruins.
Não sei se você sabe, mas nós, meio intelectuais, meio de esquerda, nos julgamos a vanguarda do proletariado, há mais de cento e cinqüenta anos.

(Deve ter alguma coisa de errado com uma vanguarda de mais de cento e cinqüenta anos, mas tudo bem).

No bar ruim que ando freqüentando ultimamente o proletariado atende por Betão - é o garçom, que cumprimento com um tapinha nas costas, acreditando resolver aí quinhentos anos de história.

Nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos ficar "amigos" do garçom, com quem falamos sobre futebol enquanto nossos amigos não chegam para falarmos de literatura.

- Ô Betão, traz mais uma pra a gente - eu digo, com os cotovelos apoiados na mesa bamba de lata, e me sinto parte dessa coisa linda que é o Brasil.

Nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos fazer parte dessa coisa linda que é o Brasil, por isso vamos a bares ruins, que têm mais a cara do Brasil que os bares bons, onde se serve petit gâteau e não tem
frango à passarinho ou carne-de-sol com macaxeira, que são os pratos tradicionais da nossa cozinha. Se bem que nós, meio intelectuais, meio de esquerda, quando convidamos uma moça para sair pela primeira vez, atacamos mais de petit gâteau do que de frango à passarinho, porque a gente gosta do Brasil e tal, mas na hora do vamos ver uma europazinha bem que ajuda.

Nós, meio intelectuais, meio de esquerda, gostamos do Brasil, mas muito bem diagramado. Não é qualquer Brasil. Assim como não é qualquer bar ruim. Tem que ser um bar ruim autêntico, um boteco, com mesa de lata, copo americano e, se tiver porção de carne-de-sol, uma lágrima imediatamente desponta em nossos olhos, meio de canto, meio escondida.

Quando um de nós, meio intelectual, meio de esquerda, descobre um novo bar ruim que nenhum outro meio intelectual, meio de esquerda, freqüenta, não nos contemos: ligamos pra turma inteira de meio intelectuais, meio de esquerda e decretamos que aquele lá é o nosso novo bar ruim.

O problema é que aos poucos o bar ruim vai se tornando cult, vai sendo freqüentado por vários meio intelectuais, meio de esquerda e universitárias mais ou menos gostosas. Até que uma hora sai na Vejinha como ponto freqüentado por artistas, cineastas e universitários e, um belo dia, a gente chega no bar ruim e tá cheio de gente que não é nem meio intelectual nem meio de esquerda e foi lá para ver se tem mesmo artistas, cineastas e, principalmente, universitárias mais ou menos gostosas. Aí a gente diz: eu gostava disso aqui antes, quando só vinha a minha turma de meio intelectuais, meio de esquerda, as universitárias mais ou menos gostosas e uns velhos bêbados que jogavam dominó. Porque nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos dizer que freqüentávamos o bar antes de ele ficar famoso, íamos a tal praia antes de ela encher de gente, ouvíamos a banda antes de tocar na MTV. Nós gostamos dos pobres que estavam na praia antes, uns pobres que sabem subir em coqueiro e usam sandália de couro, isso a gente acha lindo, mas a gente detesta os pobres que chegam depois, de Chevette e chinelo Rider. Esse pobre não, a gente gosta do pobre autêntico, do Brasil autêntico. E a gente abomina a Vejinha, abomina mesmo, acima de tudo.

Os donos dos bares ruins que a gente freqüenta se dividem em dois tipos: os que entendem a gente e os que não entendem. Os que entendem percebem qual é a nossa, mantêm o bar autenticamente ruim, chamam uns primos do cunhado para tocar samba de roda toda sexta-feira, introduzem bolinho de bacalhau no cardápio e aumentam cinqüenta por cento o preço de tudo. (Eles sacam que nós, meio intelectuais, meio de esquerda, somos meio bem de vida e nos dispomos a pagar caro por aquilo que tem cara de barato). Os donos que não entendem qual é a nossa, diante da invasão, trocam as mesas de lata por umas de fórmica imitando mármore, azulejam a parede e põem um som estéreo tocando reggae. Aí eles se dão mal, porque a gente odeia isso, a gente gosta, como já disse algumas vezes, é daquela coisa autêntica, tão Brasil, tão raiz.

Não pense que é fácil ser meio intelectual, meio de esquerda em nosso país. A cada dia está mais difícil encontrar bares ruins do jeito que a gente gosta, os pobres estão todos de chinelos Rider e a Vejinha sempre alerta, pronta para encher nossos bares ruins de gente jovem e bonita e a difundir o petit gâteau pelos quatro cantos do globo. Para desespero dos meio intelectuais, meio de esquerda que, como eu, por questões ideológicas, preferem frango à passarinho e carne-de-sol com macaxeira (que é a mesma coisa que mandioca, mas é como se diz lá no Nordeste, e nós, meio intelectuais, meio de esquerda, achamos que o Nordeste é muito mais autêntico que o Sudeste e preferimos esse termo, macaxeira, que é bem mais assim Câmara Cascudo, saca?.

-Ô Betão, vê uma cachaça aqui pra mim. De Salinas, quais que tem?


(Texto integrante do volume As Cem Melhores Crônicas Brasileiras,organizado por Joaquim Ferreira dos Santos.)
Imagem: Boteco, João Werner

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Queremos mais PIB ou FIB?

Desconfio de todas as facilidades e felicidades oferecidas, diariamente, pela publicidade e pela mídia. Mais isso, mais aquilo, mais rápido, melhor. Desconfio da quantidade e da velocidade. Por que precisamos ter cada vez mais, fazer cada vez mais? Para quê? Para adquirir mais conhecimento, para não ficar defasado com as novas tecnologias no mundo do trabalho, para obter sucesso, respondem alguns.

Informação não é conhecimento. Há idiotas de excelente memória e repertório, que armazenam e distribuem informações de todos os tipos e para todos os gostos e nem por isso reúnem suficiente lucidez para interpretar os acontecimentos do mundo. Conhecimento é importante, sabedoria é melhor. É saber decidir por onde caminhar e o que fazer do tempo que é dado viver, posto que todos temos consciência que vamos morrer.

Ouço pessoas idosas – e já tenho idade para quase concluir sozinho – dizer que a vida passou muito rápida. E quase todas, se tivessem que refazer alguma coisa, se ocupariam menos dos afazeres profissionais e das conquistas materiais e dedicariam mais tempo aos amigos, aos amores, aos filhos, à contemplação da natureza.

Aprendi em leituras de boa qualidade a desmascarar mentiras travestidas de verdades, ilusões parecidas com a realidade. Há quem não perceba o que nos mantêm anestesiados, acorrentados a interesses que não são nossos, mas de uma estrutura política e econômica que explora física, intelectual e psicologicamente as pessoas para obter lucro – lucro para poucos. São poucos, muito poucos, aqueles que decidem sobre como quase todos terão que viver.

Por este modelo, a maioria mal consegue o que comer. Enquanto outra camada, consome avidamente, mais do que o planeta consegue repor – daí a catástrofe ambiental que se anuncia.

Os meios de comunicação, a escola e outros “sócios” menores – igrejas, partidos políticos etc – pouco fazem para impedir a “ordem natural das coisas”, o mundo que aí está, da forma em que está. Ciência e tecnologia não param de falar em progresso. O bolso dos capitalistas agradece! Que tipo de progresso é este em que a maioria da humanidade vive tão mal enquanto um número muito pequeno destrói o planeta para alimentar um estilo de vida que já se sabe totalmente insustentável?

Gilberto Dupas, presidente do Instituto de Estudos Econômicos e Internacionais e coordenador do Grupo de Conjuntura Internacional da USP diz que “o progresso é um mito renovado por um aparato ideológico interessado em convencer que a história tem destino certo e glorioso” (Novos Estudos – Cebrap, nº 77, São Paulo, março/2007). O sociólogo polonês Zygmunt, Bauman, também ataca o “mito do progresso”. Em entrevista à revista Cult (número 138 – agosto/2009), diz que “a ideia de progresso foi transferida da ideia de melhoria partilhada para a de sobrevivência do indivíduo. O progresso é pensado não mais a partir do contexto de um desejo de corrida para a frente, mas em conexão com o esforço desesperado para se manter na corrida”.

Não é fácil combater a ideia de “progresso”, sobretudo num país que estampa a palavra em sua própria bandeira. Estamos “viciados” em progresso. Empresários e dirigentes políticos não se cansam de exibir os “músculos” do PIB – o Produto Interno Bruto. Crescer, crescer, crescer. “Crescer por crescer, é a filosofia da célula cancerosa” – escreveram estudantes na entrada de uma conferência sobre economia. O PIB mede a atividade econômica, mas não tem, necessariamente, preocupação com a qualidade de vida. Ações preventivas na área de saúde diminuem o PIB. “Ao cair o consumo de medicamentos, o uso de ambulâncias, de hospitais e de horas de médicos, reduz-se também o PIB”, afirma Ladislau Dowbor, professor da PUC de São Paulo, doutor em Ciências Econômicas e consultor de diversas agências da ONU (seus trabalhos estão disponíveis em www.dowbor.org).

Do ponto de vista da economia, um acidente como o da British Petroleum, recentemente, no Golfo do México, melhora os índices do PIB. Como é possível? “O PIB calcula o volume de atividades econômicas, e não se são úteis ou nocivas”, acrescenta Dowbor. A contratação de navios, empresas, especialistas e trabalhadores para limpar a poluição no mar aciona para cima os índices do Produto Interno Bruto. Ou seja, a poluição ajuda o PIB.

Portanto, o crescimento do PIB não deveria ser motivo de regozijo ou de orgulho, quando visto isoladamente.

Para se contrapor a essa ideia de um PIB robusto, desejado por todos, surgiu no Butão, um pequeno país da região do Himalaia, na Ásia, um outro conceito: a FIB – Felicidade Interna Bruta. É certo que não dá para medir felicidade, mas sabe-se de parâmetros que contribuem para elevar o nível de bem-estar de populações de uma determinada cidade, região ou país. O rei do Butão, Jigme Singye, teve a ousadia de colocar as coisas em seus devidos lugares e afirmar que “a felicidade precede a prosperidade econômica”. Sabemos, por experiência, que não é preciso ter muito para ser feliz. Por isso é preciso mudar o modelo político e econômico que arruína vidas e destrói a natureza. No Butão, as decisões políticas devem ser tomadas com base em vários indicadores que se agrupam em quatro pilares: a promoção de um desenvolvimento socioeconômico sustentável e igualitário, a preservação e a promoção dos valores culturais, a conservação do meio ambiente e o estabelecimento de uma boa governança. “A renda não é buscada pelo seu bem em si, mas para aumentar a qualidade de vida, para obter a felicidade”, diz o sábio rei, que foi considerado uma das 100 pessoas mais influentes do mundo em 2007 pela revista Time.

Há muitas outras experiências para medir o que seria mais desejável para a humanidade. A ONU criou, por exemplo, o IDH – Índice de Desenvolvimento Humano, que mede a renda per capita, expectativa de vida, grau de alfabetização, avanço na área educacional etc.

O aumento da violência, da destruição da natureza, da competitividade nas relações humanas, a falta de tempo para viver... há sinais por toda parte de que algo não vai bem no atual modelo civilizatório. A psicanalista Maria Rita Kehl, autora entre outros de “O tempo e o cão” (Boitempo Editorial) vê a depressão, cada vez mais, como um sintoma social contemporâneo.

Muito da angústia nos consultórios e fora dele tem relação direta com o uso que se faz do tempo e, por conseguinte, de nossas vidas. O capitalismo, desde a revolução industrial, atua com a lógica da velocidade. O ser humano tem que se adaptar às máquinas, que não cansam e trabalham 24 horas. Maria Rita Kehl afirma que a modernidade, na forma como hoje se apresenta, pode ser uma patologia do tempo que atingiu um ponto insuportável de aceleração. Para ela, as drogas “são sintomas da urgência em gozar, que comanda a vida contemporânea”. E a violência banalizada nas grandes cidades, “um sinal do encolhimento da capacidade de negociar conflitos em função dessa urgência” (Depressão e Capitalismo – entrevista a Luiz Zanin, O Estado de S. Paulo, 19/4/2009).

O capitalismo construiu habilmente uma impressão de que não há alternativa, embora esteja presente há poucos séculos na história, que é milenar, do ser humano. Há outros modos de viver a vida. Algum dia, se houver as condições materiais e históricas para superar o capitalismo – antes que destrua o planeta –, há esperança de viver-se melhor. Não haverá decretos tornando o gozo e a felicidade obrigatórias, mas talvez se possa sonhar com um pouco mais de alegria, de bem-estar para todos, de viver sem tantas pressões, sem tanta pressa, de compartilhar vidas, projetos, cuidados especiais para com os mais necessitados, permitir que a natureza se renove, dar vazão aos ideais de justiça. E não esperar. Isso poderá acontecer se houver transformações em nosso dia-a-dia, nas pequenas relações do cotidiano. Tudo que é grande é um somatório de coisas pequenas. Mudar. Trocar o PIB pelo FIB, para começar.

 
Autor: Celso Vicenzi - Jornalista
Fonte:  http://www.acontecendoaqui.com.br/

terça-feira, 13 de julho de 2010

Sócios do mal

Por Celso Vicenzi

Diante da violência do outro, não somos tão inocentes quanto imaginamos. Atos brutais produzidos com frequência – e não como exceção –, têm na sociedade, uma parcela da explicação. Quando mulheres são espancadas, violentadas ou mortas, diariamente, com maior ou menor grau de crueldade, não basta apontar o dedo para o agressor. Para não ir muito longe: quando uma mulher é espancada, violentada ou morta, qual a responsabilidade da mídia, por exemplo, na construção da mulher como um simples objeto do desejo masculino? Há muitos fatores que contribuem para desencadear um fenômeno social. Não basta olhar o sintoma, é preciso ir fundo às causas. Por isso, diante de todos os tipos de violência que se produz no Brasil, poucos podem se declarar inocentes. Na maioria dos casos, por uma série de atitudes no cotidiano, ou há cumplicidade ou há omissão.

Será que é tão difícil reconhecer que nem sempre somos tão éticos como desejaríamos? Melhor do que negar é admitir – primeiro passo para se tornar um cidadão melhor.

Quantos não tomam, cotidianamente, decisões em causa própria e em prejuízo à sociedade? Quantos pais, quantas famílias, só se preocupam com os seus filhos, mas pouco se interessam sobre as outras crianças do bairro ou da favela a poucos metros do edifício classe média ou de luxo onde residem? E quando votamos, nosso voto é para mudar a situação de desigualdade da maioria do povo brasileiro ou é para manter a situação como está e que nos privilegia?

Milhares de exemplos parecem confirmar: não, ninguém é totalmente inocente.

As autoridades policiais e judiciais, a mídia, estão em frenesi com o caso do goleiro Bruno, que ao que tudo indica, foi o mandante de um crime bárbaro. O que boa parte da população tenta entender é como alguém que chega ao topo do sucesso, tem fama, dinheiro e poder, põe tudo a perder, num ato de tamanha desumanidade? De tanta covardia?

Novamente, permita-me esquivar de explicações mais complexas. Num primeiro momento, basta observar um dado que tem sido preponderante na sociedade brasileira: a quase certeza da impunidade. Crimes de todos os tipos, por piores que sejam, quando praticados por alguém com poder, recebem do cidadão brasileiro o descrédito pela aplicação das leis: “não vai dar em nada”, repetem aqui e acolá. Num país em que a corrupção é um dos crimes mais comuns, as cadeias e penitenciárias abrigam, majoritariamente, pretos e pobres. O jornalista Antônio Marcos Pimenta Neves, diretor de redação de um dos maiores jornais do país, assassino confesso da ex-namorada Sandra Gomide, condenado a 19 anos de prisão, cumpre a pena em liberdade. Permaneceu apenas sete meses detido. É o retrato da nossa justiça de classes. Tem dinheiro? Tem bons advogados? Dificilmente cumprirá pena de prisão.

Criminosos comuns também sabem que dificilmente serão presos. E se presos, não passarão muito tempo atrás das grades. Pela falência do sistema carcerário brasileiro, que é também a falência do Judiciário e da autoridade policial.

Num país onde, não raro, são os criminosos que impõem a lei – a lei do mais forte – Bruno foi induzido a acreditar que, de fato, quem tem dinheiro e poder, tudo pode. Ameaçou Eliza Samudio: “Cuidado que eu posso te matar e dar um sumiço no teu corpo”, teria dito. Simples assim.

Os fatos narrados até o momento, sobre a execução dessa moça e o comportamento do goleiro Bruno, são repugnantes.

Se a muitos é inacreditável constatar a que ponto pode chegar uma pessoa ao matar e despedaçar um corpo humano, como se estivesse num açougue macabro, mais difícil é compreender a inexistência de culpa. Bruno só parece lamentar o que deu errado e não o ato em si. Teria bebido cerveja com o executor e cúmplices, após o fato consumado. “Esta não incomoda mais”, teria dito. “Esta” era mãe de um filho seu e que, pelos relatos, parece só ter sido poupado no último momento.

Sequestro, morte, mutilação e desaparecimento do corpo. Tudo pensado e planejado friamente.

Quando se mata – e se mata muito no Brasil – por motivos banais, por um par de tênis, um relógio, um celular, uma dívida no tráfico, uma separação conjugal, é porque há uma quase certeza na impunidade.

Entre 1997 e 2007, 41.532 mulheres foram assassinadas no país, o que resultou numa média macabra de 10 brasileiras mortas por dia. Muitas delas pediram proteção ao Estado brasileiro. Inutilmente.

Motivos fúteis são a causa de aproximadamente 50% desses crimes. Segundo a pesquisadora Wânia Izumino, do Núcleo de Estudo da Violência da Universidade de São Paulo (USP), os assassinos costumam ser maridos ou ex-maridos, namorados ou companheiros inconformados em perder o poder sobre uma relação que acreditavam controlar.

Bruno achou que por ter dinheiro e poder, tudo se resolveria sem consequências. Não estava totalmente errado. Afinal, quantos crimes são punidos no Brasil? A polícia brasileira é uma das que mais mata, segundo a Anistia Internacional. Não raro, são execuções. Raríssimas são as condenações. Quando a lei não impõe limites aos abusos, é quase um estímulo para delinquir, para matar. Todos vão embrutecendo. Quando a sociedade não revê os valores sobre os quais estabelece as relações sociais, quando as injustiças estão normatizadas em lei, quando o Estado se omite diante de todos os tipos de misérias que a pobreza e a falta de oportunidades geram, abre-se um enorme campo para manifestações de violência.

E quando se chega a este ponto, mais do que uma sociedade, estamos nos parecendo, cada vez mais, com uma monstruosidade.


* Jornalista, Ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas de SC, um grande amigo.

Fonte: http://www.acontecendoaqui.com.br/

O Operário Em Construção

Composição: Vinicius de Moraes


E o Diabo, levando-o a um alto monte, mostrou-lhe num momento de tempo todos os reinos do mundo. E disse-lhe o Diabo:
– Dar-te-ei todo este poder e a sua glória, porque a mim me foi entregue e dou-o a quem quero; portanto, se tu me adorares, tudo será teu.
E Jesus, respondendo, disse-lhe:
– Vai-te, Satanás; porque está escrito: adorarás o Senhor teu Deus e só a Ele servirás.
Lucas, cap. V, vs. 5-8.

Era ele que erguia casas
Onde antes só havia chão.
Como um pássaro sem asas
Ele subia com as casas
Que lhe brotavam da mão.
Mas tudo desconhecia
De sua grande missão:
Não sabia, por exemplo
Que a casa de um homem é um templo
Um templo sem religião
Como tampouco sabia
Que a casa que ele fazia
Sendo a sua liberdade
Era a sua escravidão.

De fato, como podia
Um operário em construção
Compreender por que um tijolo
Valia mais do que um pão?
Tijolos ele empilhava
Com pá, cimento e esquadria
Quanto ao pão, ele o comia...
Mas fosse comer tijolo!
E assim o operário ia
Com suor e com cimento
Erguendo uma casa aqui
Adiante um apartamento
Além uma igreja, à frente
Um quartel e uma prisão:
Prisão de que sofreria
Não fosse, eventualmente
Um operário em construção.

Mas ele desconhecia
Esse fato extraordinário:
Que o operário faz a coisa
E a coisa faz o operário.
De forma que, certo dia
À mesa, ao cortar o pão
O operário foi tomado
De uma súbita emoção
Ao constatar assombrado
Que tudo naquela mesa
– Garrafa, prato, facão –
Era ele quem os fazia
Ele, um humilde operário,
Um operário em construção.
Olhou em torno: gamela
Banco, enxerga, caldeirão
Vidro, parede, janela
Casa, cidade, nação!
Tudo, tudo o que existia
Era ele quem o fazia
Ele, um humilde operário
Um operário que sabia
Exercer a profissão.

Ah, homens de pensamento
Não sabereis nunca o quanto
Aquele humilde operário
Soube naquele momento!
Naquela casa vazia
Que ele mesmo levantara
Um mundo novo nascia
De que sequer suspeitava.
O operário emocionado
Olhou sua própria mão
Sua rude mão de operário
De operário em construção
E olhando bem para ela
Teve um segundo a impressão
De que não havia no mundo
Coisa que fosse mais bela.

Foi dentro da compreensão
Desse instante solitário
Que, tal sua construção
Cresceu também o operário.
Cresceu em alto e profundo
Em largo e no coração
E como tudo que cresce
Ele não cresceu em vão
Pois além do que sabia
– Exercer a profissão –
O operário adquiriu
Uma nova dimensão:
A dimensão da poesia.

E um fato novo se viu
Que a todos admirava:
O que o operário dizia
Outro operário escutava.

E foi assim que o operário
Do edifício em construção
Que sempre dizia sim
Começou a dizer não.
E aprendeu a notar coisas
A que não dava atenção:

Notou que sua marmita
Era o prato do patrão
Que sua cerveja preta
Era o uísque do patrão
Que seu macacão de zuarte
Era o terno do patrão
Que o casebre onde morava
Era a mansão do patrão
Que seus dois pés andarilhos
Eram as rodas do patrão
Que a dureza do seu dia
Era a noite do patrão
Que sua imensa fadiga
Era amiga do patrão.

E o operário disse: Não!
E o operário fez-se forte
Na sua resolução.

Como era de se esperar
As bocas da delação
Começaram a dizer coisas
Aos ouvidos do patrão.
Mas o patrão não queria
Nenhuma preocupação
– "Convençam-no" do contrário –
Disse ele sobre o operário
E ao dizer isso sorria.

Dia seguinte, o operário
Ao sair da construção
Viu-se súbito cercado
Dos homens da delação
E sofreu, por destinado
Sua primeira agressão.
Teve seu rosto cuspido
Teve seu braço quebrado
Mas quando foi perguntado
O operário disse: Não!

Em vão sofrera o operário
Sua primeira agressão
Muitas outras se seguiram
Muitas outras seguirão.
Porém, por imprescindível
Ao edifício em construção
Seu trabalho prosseguia
E todo o seu sofrimento
Misturava-se ao cimento
Da construção que crescia.

Sentindo que a violência
Não dobraria o operário
Um dia tentou o patrão
Dobrá-lo de modo vário.
De sorte que o foi levando
Ao alto da construção
E num momento de tempo
Mostrou-lhe toda a região
E apontando-a ao operário
Fez-lhe esta declaração:
– Dar-te-ei todo esse poder
E a sua satisfação
Porque a mim me foi entregue
E dou-o a quem bem quiser.
Dou-te tempo de lazer
Dou-te tempo de mulher.
Portanto, tudo o que vês
Será teu se me adorares
E, ainda mais, se abandonares
O que te faz dizer não.

Disse, e fitou o operário
Que olhava e que refletia
Mas o que via o operário
O patrão nunca veria.
O operário via as casas
E dentro das estruturas
Via coisas, objetos
Produtos, manufaturas.
Via tudo o que fazia
O lucro do seu patrão
E em cada coisa que via
Misteriosamente havia
A marca de sua mão.
E o operário disse: Não!

– Loucura! – gritou o patrão
Não vês o que te dou eu?
– Mentira! – disse o operário
Não podes dar-me o que é meu.

E um grande silêncio fez-se
Dentro do seu coração
Um silêncio de martírios
Um silêncio de prisão.
Um silêncio povoado
De pedidos de perdão
Um silêncio apavorado
Com o medo em solidão.

Um silêncio de torturas
E gritos de maldição
Um silêncio de fraturas
A se arrastarem no chão.
E o operário ouviu a voz
De todos os seus irmãos
Os seus irmãos que morreram
Por outros que viverão.
Uma esperança sincera
Cresceu no seu coração
E dentro da tarde mansa
Agigantou-se a razão
De um homem pobre e esquecido
Razão porém que fizera
Em operário construído
O operário em construção.

LULA (AQUELE QUE NÃO ENTENDE DE "BULUFAS" DE NADA!)


* Por Pedro Lima

Lula, que não entende de sociologia, levou 32 milhões de miseráveis e pobres à condição de consumidores; e que também não entende de economia; pagou as contas de FHC, zerou a dívida com o FMI e ainda empresta algum aos ricos.


Lula, o analfabeto, que não entende de educação, criou mais escolas e universidades que seus antecessores juntos [14 universidades públicas e estendeu mais de 40 campi], e ainda criou o PRÓ-UNI, que leva o filho do pobre à universidade [meio milhão de bolsa para pobres em escolas particulares].


Lula, que não entende de finanças nem de contas públicas, elevou o salário mínimo de 64 para mais de 291 dólares [valores de janeiro de 2010], e não quebrou a previdência como queria FHC.


Lula, que não entende de psicologia, levantou o moral da nação e disse que o Brasil está melhor que o mundo. Embora o PIG - Partido da Imprensa Golpista, que entende de tudo, diga que não.

Lula, que não entende de engenharia, nem de mecânica, nem de nada, reabilitou o Proálcool, acreditou no biodiesel e levou o país à liderança mundial de combustíveis renováveis [maior programa de energia alternativa ao petróleo do planeta]. Lula, que não entende de política, mudou os paradigmas mundiais e colocou o Brasil na liderança dos países emergentes, passou a ser respeitado e enterrou o G-8 [criou o G-20].


Lula, que não entende de política externa nem de conciliação, pois foi sindicalista brucutu; mandou às favas a ALCA, olhou para os parceiros do sul, especialmente para os vizinhos da América Latina, onde exerce liderança absoluta sem ser imperialista. Tem fácil trânsito junto a Chaves, Fidel, Obama, Evo etc. Bobo que é, cedeu a tudo e a todos.

Lula, que não entende de mulher nem de negro, colocou o primeiro negro no Supremo (desmoralizado por brancos) uma mulher no cargo de primeira ministra, e que pode inclusive, fazê-la sua sucessora. Lula, que não entende de etiqueta, sentou ao lado da rainha (a convite dela) e afrontou nossa fidalguia branca de lentes azuis.

Lula, que não entende de desenvolvimento, nunca ouviu falar de Keynes, criou o PAC; antes mesmo que o mundo inteiro dissesse que é hora de o Estado investir; hoje o PAC é um amortecedor da crise. Lula, que não entende de crise, mandou baixar o IPI e levou a indústria automobilística a bater recorde no trimestre [como também na linha branca de eletrodomésticos].


Lula, que não entende de português nem de outra língua, tem fluência entre os líderes mundiais; é respeitado e citado entre as pessoas mais poderosas e influentes no mundo atual [o melhor do mundo para o Le Monde, Times, News Week, Financial Times e outros...].

Lula, que não entende de respeito a seus pares, pois é um brucutu, já tinha empatia e relação direta com George Bush - notada até pela imprensa americana - e agora tem a mesma empatia com Barack Obama.


Lula, que não entende nada de sindicato, pois era apenas um agitador; é amigo do tal John Sweeny [presidente da AFL-CIO - American Federation Labor - Central Industrial Congres - a central de trabalhadores dos Estados Unidos, que lá sim, é única...] e entra na Casa Branca com credencial de negociador e fala direto com o Tio Sam lá, nos "States".

Lula, que não entende de geografia, pois não sabe interpretar um mapa é autor da [maior] mudança geopolítica das Américas [na história].

Lula, que não entende nada de diplomacia internacional, pois nunca estará preparado, age com sabedoria em todas as frentes e se torna interlocutor universal.

Lula, que não entende nada de história, pois é apenas um locutor de bravatas; faz história e será lembrado por um grande legado, dentro e fora do Brasil.

Lula, que não entende nada de conflitos armados nem de guerra, pois é um pacifista ingênuo, já é cotado pelos palestinos para dialogar com Israel. Lula, que não entende nada de nada; é bem melhor que todos os outros...!

Pedro Lima
Economista e professor de economia da UFRJ

DESCULPE OS NAO-LULAS, MAS COMO RECEBO MUITOS EMAILSIRONIZANDO, DEBOCHANDO E FALANDO HORRORES DELE ACHO QUE TENHO O DIREITO DE ENVIAR UM UNICO EMAIL QUEFALE BEM DESSE "ANALFABETO".

"Dentro de nós há uma coisa que não tem nome, essa coisa é o que somos."

sexta-feira, 12 de março de 2010

Cartunistas homenageiam Glauco na internet


Cartunistas homenageiam Glauco na internet
Site reúne imagens de colegas do cartunista paranaense.Glauco foi assassinado na madrugada desta sexta-feira (12).
Do G1, em São Paulo
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O site Universo HQ está organizando em seu blog uma homenagem on-line para o cartunista Glauco Villas-Boas, morto a tiros em sua casa na madrugada desta sexta-feira (12). Artistas como Bira Dantas, Mário Cau e Caio Zouk publicam desenhos em tributo ao criador de personagens como Geraldão, Casal Neuras e Doy Jorge. Veja abaixo algumas das imagens.